Deixo aqui um poema que o meu Amigo João Celorio (poeta) fez ao meu texto sobre "A MINHA RUA" Obrigada amigo...
Um seu pedido, já antigo,
minha mão nunca se nega
aqui está o meu verso amigo
para a Eugénia de Cortecega!
Todos temos a nossa rua
tenha ela ou não sobreiro!
Cada um chama-lhe sua
e é sua de corpo inteiro.
Porém o facto primeiro
não se aplica a todos nós.
Ter uma árvore, um sobreiro,
ali junto, à porta dos avós.
Sobreiro à beira da estrada,
que vai de Góis à Cabreira,
tornava, à gente cansada,
menos penosa a canseira.
Porém, não só havia um banco
para que o viajante bem se sinta,
havia o cuidado bom e franco
duma boa alma, de nome Jacinta!
Com nove filhos para criar,
todo o mundo era seu filho,
sempre havia água para dar
e, vejam, até broa de milho!
E, assim, pela sua bondade,
onde o outro está primeiro,
ficou para a eternidade.
Tia Jacinta, do Sobreiro!
O sobreiro apodreceu
e o tempo tudo apagou,
mas o povo não esqueceu
e Rua do Sobreiro ficou.
Como o sobreiro, já velho,
também avó Jacinta se finou.
A sua filha tomou conselho
e sua boa obra continuou.
E, fizesse frio ou calor,
a todo que ali passava,
havia um gesto de Amor.
E, a obra continuava!
Com tais exemplos, assim,
melhor ninguém fariam.
Eugénia fez um jardim.
Ela e Hermínia, sua tia.
Com a estrada alcatroada,
e um banco à sua porta,
não precisava mais nada.
A conversa não era morta!
Os veraneante, de Lisboa,
quando lá iam, no Verão,
juntavam-se à gente, boa.
Estendiam a manta no chão.
Assim, sentados nas mantas,
eram essas noites vividas
e lá ficavam, até às tantas,
contando histórias da vida.
Então os jovens da aldeia,
além de muito conversar,
como todo o amor enleia
faziam quadras, ao luar.
História como esta haverá,
salvo melhor opinião,
e também dentro terá
o que cabe num coração!
Um seu pedido, já antigo,
minha mão nunca se nega
aqui está o meu verso amigo
para a Eugénia de Cortecega!
Todos temos a nossa rua
tenha ela ou não sobreiro!
Cada um chama-lhe sua
e é sua de corpo inteiro.
Porém o facto primeiro
não se aplica a todos nós.
Ter uma árvore, um sobreiro,
ali junto, à porta dos avós.
Sobreiro à beira da estrada,
que vai de Góis à Cabreira,
tornava, à gente cansada,
menos penosa a canseira.
Porém, não só havia um banco
para que o viajante bem se sinta,
havia o cuidado bom e franco
duma boa alma, de nome Jacinta!
Com nove filhos para criar,
todo o mundo era seu filho,
sempre havia água para dar
e, vejam, até broa de milho!
E, assim, pela sua bondade,
onde o outro está primeiro,
ficou para a eternidade.
Tia Jacinta, do Sobreiro!
O sobreiro apodreceu
e o tempo tudo apagou,
mas o povo não esqueceu
e Rua do Sobreiro ficou.
Como o sobreiro, já velho,
também avó Jacinta se finou.
A sua filha tomou conselho
e sua boa obra continuou.
E, fizesse frio ou calor,
a todo que ali passava,
havia um gesto de Amor.
E, a obra continuava!
Com tais exemplos, assim,
melhor ninguém fariam.
Eugénia fez um jardim.
Ela e Hermínia, sua tia.
Com a estrada alcatroada,
e um banco à sua porta,
não precisava mais nada.
A conversa não era morta!
Os veraneante, de Lisboa,
quando lá iam, no Verão,
juntavam-se à gente, boa.
Estendiam a manta no chão.
Assim, sentados nas mantas,
eram essas noites vividas
e lá ficavam, até às tantas,
contando histórias da vida.
Então os jovens da aldeia,
além de muito conversar,
como todo o amor enleia
faziam quadras, ao luar.
História como esta haverá,
salvo melhor opinião,
e também dentro terá
o que cabe num coração!
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