Número total de visualizações de páginas

domingo, 20 de fevereiro de 2011

POEMA

Hoje vou deixar aqui um poema em homenagem a minha filha Ana Filipa. Ela foi passar 3 meses à Finlândia em Erasmo, pois está no 3º ano de enfermagem. Quem é mãe sabe o que dói estar longe dos seus filhos, mesmo que seja um bem para o seu futuro. Vão ser 3 meses de angústia e saudades


Ana Filipa Lourenço

SAUDADES

Querida filha, hoje vais iniciar
Mais uma etapa da tua vida
Faças tu o que fizeres
Serás sempre a minha filha querida

Vais para um país longínquo estagiar
O teu currículo procurar enriquecer
Para nós não há duvida
Que na vida vais vencer

Hoje pela primeira vez
Vais andar de avião
Entrego-te a Deus
Que te guiará pela sua mão

Também à Nossa Senhora
Lhe peço com a minha fé
Que te proteja de todo o mal
E nunca do pé de ti arrede pé

Quando escolheste ser enfermeira
Para nós foi um orgulho
Lutas como ninguém
Para teres um bom futuro

Desde bem pequenina
Que revelaste a tua personalidade
Quando te contrariavam
Metias-te no teu quarto muito calada

Não desististe do teu sonho
Querias estudar, seguir em frente
Durante a tua vida de estudante
Sempre expusestes a tua forte presença

Regressares no mês de Maio
É para mim um sinal
Sei que a virgem te acompanhará
E esta minha fé vai, diminui os meus ais

Sinto um enorme orgulho
Em ser a tua mãe
Sei que nem sempre te compreendo
Mas acredita, Só quero o teu bem

Tu e a tua irmã
São a razão do meu viver
Por isso agradeço a Deus
Por todos os dias vos ver crescer

19/02/20100

Eugénia Santa Cruz

2 comentários:

Anónimo disse...

Amor de Mãe é assim. Lindo...

anabela disse...

Deus te guie na tua vida,um beijao,felecidades.

A MINHA ALDEIA

" Da minha aldeia vejo quando da terra se pode ver no Universo....
Por isso a minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...

Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista a chave,
Escondem o horizonte, empurram nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a única riqueza é ver. "
Alberto Caeiro, em "O Guardador de Rebanhos"