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quinta-feira, 29 de julho de 2010

FESTAS DE VERÃO - CORTECEGA


CAROS AMIGOS E BLOGUISTAS, CORTECEGA FICA À VOSSA ESPERA PARA AS SUAS FESTAS DE VERÃO EM HONRA DE NOSSA SENHORA DAS NEVES DIAS 31 DE JULHO (Sábado) e 1 de AGOSTO (Domingo).

O ALMOÇO DE DOMINGO É PARA TODOS, APAREÇA E LEVE UM AMIGO, SERÁ RECEBIDO COM UM SORRISO E BOA COMIDA CASEIRA
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quarta-feira, 28 de julho de 2010

"FÉRIAS"


O que são férias? Momento para descansar?

De repente estamos "em férias". De quê? Do trabalho... Mas, o que significa trabalhar? Apenas receber recompensa financeira pelo exercício de uma actividade? Vejo o quanto não tenho tempo ocioso. Quantas tarefas temos que cumprir quando estamos de "folga"? Organizar a casa, as pendências, dar uma geral em coisas que ficaram para trás por causa da pressa diária... Isso é "folga"?
Ah... que vontade de fazer nada! Ficar de pernas para o ar. Deixar o tempo correr pelo corpo, pelo relógio, pelas tardes e noites sem pensar nas obrigações, nas contas a pagar (elas não nos dão férias!), lavar louça, fazer comida... Deixar o tempo invadir os pulmões da existência e deixar o murmúrio de liberdade ecoar pela atmosfera. Atingir a quietude do descanso! Fazer nada é fazer nada! É permitir descansar mente e ossos. Deixar o pensamento voar para aonde quiser. Deixar o corpo entregue às sensações do sorna. Nas férias nem se deve blogar... Deveria colocar entre os dedos, não mais teclados e letras, mas pedaços de ar e carregá-los até as nuvens, em seguida deitar sob elas para tomar as gotas dos fenómenos naturais, sem vida urbana, sem urgências, sem emergências, sem pendências que parecem nunca se esgotar... Quero férias...Vou de Férias…

A todos desejo umas excelentes férias, aproveitem para passar pela minha linda aldeia Cortecega-Góis, onde podem encontrar praias fluviais cujas as suas águas são cristalinas, acordar ao som dos passarinhos, passeios pedestres, enfim, desfrutar da natureza que ali podemos encontrar e recarregar baterias para mais um ano de trabalho ardo.
BOAS FÉRIAS

domingo, 11 de julho de 2010

"A FRUTA DA MINHA REGIÃO"


Texto publicado no âmbito da blogagem colectiva, aldeia da minha vida. aldeiadaminhavida.blogspot.com/Visite , participe , com texto ou apenas comentando. desfrute de uma simples, mas esclarecedora leitura.
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Fazer um texto sobre “ A Fruta da Minha Região” não é fácil, pois não é uma região que tenha um tipo de fruta com abundância. Não tem uma princesa, uma rainha ou um rei frutícola.. Assim a minha aldeia ou concelho não é conhecido pela sua fruta, mas claro tem outros encantos.
Encontra-se um pouquinho de quase tudo (fruta da época) mas cada um tem na sua horta umas árvores de fruta.
Assim, dei por mim a pensar “não tenho muito para falar desta vez, mas como o tema é um pouco livre, vou dar asas a minha imaginação. Porque não contar o que nós fazíamos quando jovens para conseguir comer uma maça, pêra, laranja, cerejas, figos e também as castanhas.” Então aqui vai:

No meu tempo de juventude havia muitos jovens na minha aldeia, nem todos tínhamos árvores de fruta e as poucas que haviam tinham dono. Então na época destas frutas íamos aos quintais dos vizinhos e (desviávamos) para a nossa barriga algumas peças, ficando sempre um a espreitar se o dono vinha enquanto os outros comiam. Nem sempre a coisa corria bem…

Num local chamado “A Fonte” existia uma linda macieira com umas maças vermelhas, e eu e as minhas primas decidimos ir às maçãs do vizinho, claro! Estávamos nós a comer uma maçã descansadas quando começaram a cair pedras. Fugimos para o meio de um silveiral que existia ali perto. Conclusão… ficámos cheias de espinhos e arranhões.

Uma outra vez fomos as pêras que eram do ti’Rafael. Como ficavam escondidas no meio do milho, lá estávamos todos contentes quando fomos surpreendidos pela filha do dono que é surda-muda e começa a correr atrás de nós com um pau.
Moral da história… um belo castigo dos nossos pais.

No tempo das cerejas (que também eram poucas), os meus irmãos Zé e Filipe e o meu primo Armando decidiram ir buscar cerejas a uma cerejeira já velhinha um pouco desviada da aldeia. O Zé e o Armando (medricas) tinham medo de subir a cerejeira e mandaram o Filipe que tinha 9 anos e não tinha medo das alturas.
O Filipe subiu a cerejeira e caiu dela abaixo, mas junto trouxe um grande ramo carregado de cerejas. Quando chegou ao chão ficou quieto e os outros toca a comer cerejas, só parando quando o Filipe começou a chorar.
Trouxeram-no à minha mãe e disseram que ele tinha caído e ficado a dormir.
Conclusão: tinha desmaiado. Foi ao médico e este disse que ele tinha partido os dois braços, um deles no cotovelo e no pulso. Foi para o hospital onde esteve internado 8 dias. Sobrou para quem ?!? Para mim, que durante dois meses é que lhe fazia tudo.
Lembro-me de outra ocasião em que havia uma figueira com uns lindos figos pretos. Só existia aquela e estava junto à casa do dono, mas nós tínhamos de comer daqueles figos. Pensámos e resolvemos de noite ir aos figos. Estávamos todos contentes a comer e a saborear os belos figos e eis que se chove uma penicada de xixi para cima da nossa cabeça.

As castanhas eram abundantes… mas nas aldeias em redor da minha.
Mas claro, não havia soito que no tempo do rubusco ( rubusco era o final da colheita) não fosse assaltado por nós. Saíamos de madrugada, atravessávamos o rio ou então uma ponte velha e lá íamos apanhar um saco de castanhas.
Depois de cheio traze-lo as costas era uma tarefa difícil mas se as queríamos comer tínhamos de as carregar (muitas vezes 2 horas às costas.)
Claro que isto acabava por ser uma brincadeira mas também a necessidade era muita. A fome por vezes apertava um bocadito e lá ia a fruta daqueles a quem não fazia falta.

Hoje há fruta que chegue e ainda se estraga. Os soitos ficam cheios de castanhas mas mesmo assim ainda se aproveita alguma para fazer doces de cereja, pêssego, maçã, uvas e licores da mesma fruta para consumo próprio.
As castanhas servem também para depois de secas e piladas fazer sopa de castanha, rechear a carne, ou fazer doce. Nesta zona existem várias receitas de castanha (algumas delas podem ser consultadas no meu blog em “receitas”.)

Aqui fica mais uma história passada na minha aldeia e nas aldeias vizinhas.

sábado, 10 de julho de 2010

FESTA DE VERÃO

CORTECEGA - FESTA EM HONRA DE NOSSA SENHORA DAS NEVES

DIAS 31 DE JULHO/1 DE AGOSTO DE 2010



( Clik em cima da imagem)

O dia começa cedo com a preparação da missa às 11 horas seguida de procissão pelas ruas da aldeia

A noite será animada pelo conjunto Santisabel de Coimbra.


O baile, sempre bem animado e cheio de surpresas até ao nascer o sol .



Domingo teremos o tradicional almoço de convívio dos amigos da nossa terra às 13 horas.(vem ao nosso almoço e terás a oportunidade de provar da nossa comida tradicionalmente caseira, assim como uma tarde bem divertida).

A tarde continua com jogos tradicionais, como o jogo do prego, da malha, da moeda entre outros.

Mais para o final da tarde a Já tradicional sardinhada acompanhada das nossas incomparáveis papas de milho.



Como vês serão dois dias bem passados na companhia de todos nós. Serão recebidos sempre com um sorriso.
Caso queiram pernoitar ou passar na nossa zona mais uns dias, a nossa Hospedaria Trepadinha tem excelentes quartos de 2 e três camas é só marcar.

NÃO FALTES E TRÁS UM AMIGO

quinta-feira, 8 de julho de 2010

"ADEUS AMIGO"


Hoje Cortecega despediu-se
De um dos filhos da terra
O Zé Manel partiu
E numa tarde linda, bela!

Nasceste numa casa ao cimo da aldeia
Mesmo pertinho da minha
Gritava “Zé Manel vem cá abaixo
Comer batatas com sardinha”.

Tempos difíceis que eram
Mas a minha mãe dizia-nos
“Chamem o Zé Manel para comer”
E a nossa refeição repartíamos.

Tu fizeste sempre parte da minha infância
Assim como os meus irmãos
Eras amigo do Zé e do Filipe
E também do João.

Na escola andámos juntos
Saíamos cedo de casa para estudar
Éramos muitos jovens da terra
Que 4 Km percorriamos para lá chegar.

Foste criado pelos teus padrinhos
Pois a tua mãe bem pequeno te deixou
Amaram-te à sua maneira
E todo o resto passou.

Estudámos à luz da candeia
Mas não me posso esquecer
Quando a luz veio para a aldeia
Os teus padrinhos compraram uma televisão
E aí as noticias íamos ver

Serões que ali passámos
A olhar para a televisão
A ver o futebol e novelas
E as notícias da nação.

Não tiveste uma vida fácil
Por muito tiveste de passar
Hoje deixaste a vida terrena
E para o céu foste descansar

Hoje uma estrela brilhou
Bem alto lá no céu
Desceu pertinho de ti
E acarinhou-te com o seu véu.

Adeus amigo e irmão
O meu coração sente dor
Vou ter muitas saudades tuas
E sempre te recordarei com amor
Poema de:
Eugénia Santa Cruz
7/7/2010

A MINHA ALDEIA

" Da minha aldeia vejo quando da terra se pode ver no Universo....
Por isso a minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...

Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista a chave,
Escondem o horizonte, empurram nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a única riqueza é ver. "
Alberto Caeiro, em "O Guardador de Rebanhos"