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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

CONTO DE NATAL "A BONECA DE MARIA" II PARTE

CONTINUAÇÃO... II PARTE
Todo como esperava: a ceia, a lembrança dos ausentes, os sapatinhos em redor da chaminé, a impaciência para ir buscar as prendas que, apesar de serem humildes, tinam afinal, um sabor de surpresa e novidade.

Mas na verdade esse Natal não foi como o dos outros anos…, Maria nunca o esquecerá.
Quando foi a correr de manhã ver o que o Menino Jesus lhe deixou no sapatinho viu que estava…vazio. Mas ao lado viu algo invulgar…um embrulho e com um laço de várias cores, ao abrir depara-se com algo muito especial, era uma linda boneca de rosto macio e brilhante, abria e fechava os olhos e dizia mamã como sempre sonhou.

Que se passava? Quase não podia acreditar. Os irmãos tinham prendas diferentes dos outros anos: uma gaita de beiços, um carro dos bombeiros e uma bola grande para jogar futebol.

A correr, Maria foi procurar a mãe:
- Veja, mãe, este ano o Menino Jesus consegui trazer-me a prenda que tanto lhe pedi.
Olhe que boneca tão bonita vou chamar-lhe Jacinta como a avó.

O pai olhou para ela e disse:
- Este senhor é o teu tio João que vive na América, ontem apareceu em casa da tua avó, para fazer uma surpresa a todos nós, graças a Deus. Vai ficar por cá uns tempos.
A tua mãe bem dizia que ele havia de voltar. Dá-lhe um grande beijo que ele está cheio de saudades tuas.

- Foi o Menino Jesus que me trouxe esta boneca tão linda! – Repetiu a Maria.
- Que linda que ela é, nunca vi outra assim concordou o tio numa gargalhada ao ver a alegria da sobrinha.

Mas, qual não é o espanto da Maria quando percebe que a boneca que tanto desejou, não era mais importante que as meias ou camisola que costumava receber nos anos anteriores.

Maria cresceu, casou e teve duas filhas, que todos os anos fazem uma lista para o Pai Natal a pedir-lhe as prendas que mais gostariam de ter. Na noite de Natal quando abrem os presentes e não recebem tudo o que pediram ficam tristes, então a mãe diz-lhes:
- Filhas o Pai Natal tem muitas crianças, não pôde dar-vos todo o que vocês pediram.
O mais importante não é a quantidade de brinquedos que recebem, mas o modo como vos é dado, pois é dado com muito amor; e com muito amor deve ser recebido por vós.

O importante no Natal é acreditar que o Menino Jesus nasceu em Belém há mais de dois mil anos para alegria e paz de todos nós e que o Natal deve ser todo o ano.

FIM

5 comentários:

Cristina disse...

"O importante no Natal é acreditar que o Menino Jesus nasceu em Belém há mais de dois mil anos para alegria e paz de todos nós e que o Natal deve ser todo o ano." - ora aqui está uma grande verdade, que parece ter sido esquecida pela maioria, que vive o consumismo desenfreado desta época, mesmo em altura de crise...

Cristina disse...

Venho aqui deixar os meus votos de um Santo e Feliz Natal.
Que a Luz da noite de Natal, seja constante nos caminhos que escolher, iluminando todos os dias da sua vida.
Que tenha muita felicidade, paz, alegria, harmonia, amizade, amor, saúde e sonhos realizados…
Boas Festas!

João Celorico disse...

Venho até aqui para lhe deixar as minhas Boas Festas.

NATAL
Do céu cai uma estrela
brilhante, prenhe de luz,
e todo o Mundo, ao vê-la,
vê nela o Menino Jesus!

E, quando na terra caiu
a estrela, enviada do Senhor,
o Mundo, todo ele, viu
o Menino, Paz e Amor!

Algo o Senhor terá esquecido
de fazer cair, cá na terra.
O Mundo parece perdido!
Em vez de Paz, só quer guerra!

Esqueçamos então todo o Mal,
em tempo de Boa Vontade!
Votos de um Santo Natal
e o meu abraço de Amizade!

De nós não se esqueça o Senhor,
pois muitos nos levam ao engano.
Além de muita Paz, muito Amor
e um muito Feliz Bom Ano!

Abraço,
João Celorico

Anónimo disse...

Génia:
Só te quero dizer que na noite de Natal na casa da famlia Neves em Cortecega,o Pai Natal da familia leu o teu conto de Natal a todos para esperar a hora do nascimento do Menino Jesus,para entregarmos as prendinhas...É lindo e digo-te fez-me lembrar a minha infancia, que na noite de Natal nos juntavamos em casa do meu avô...

Dina Neves disse...

Desculpa o anonimo sou a Dina Neves
Bj

A MINHA ALDEIA

" Da minha aldeia vejo quando da terra se pode ver no Universo....
Por isso a minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...

Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista a chave,
Escondem o horizonte, empurram nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a única riqueza é ver. "
Alberto Caeiro, em "O Guardador de Rebanhos"