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terça-feira, 12 de abril de 2011

A FAMILIA

Dia da família é todos os dias
Dias de perdão e união
Que todas as famílias do mundo
Tenham paz no seu coração

As palavras do pároco Luís
Na homilia da missa deste domingo
Entraram no coração de todos
E fizeram-me pensar o que sinto

Muitas vezes chegamos a casa
Cansados, sem vontade de falar
Mas se alguém diz alguma coisa
Pomo-nos logo a gritar

Não nos damos tempo
De ouvir o nosso coração
Ralhamos uns com os outros
E muitas vezes ninguém tem razão

A palavra perdoar, compreender
Foi-nos tramitada pelos nossos pais
Mas é tão fácil julgar
Sem pensar nos demais

Quando através das suas palavras
O padre Luís perguntou
Quem já não chegou a casa
E nem para o outro olhou!

Desculpamo-nos com o trabalho
O stress do dia-a-dia
Com os momentos de crise
Não mostrando alegria

Mas se olharmos em redor
E pensarmos na família que temos
Com os seus defeitos e virtudes
Muito mais felizes seremos!

De costas viradas para o outro
Passamos anos zangados
Não será fácil, mas devemos tentar
Esquecer momentos malfadados


Poema de:
Eugénia Santa Cruz
2011

3 comentários:

Guidinha Pinto disse...

Só para desejar bom dia :).
E bom fim de semana.
Beijo.

Cristina disse...

Olá Eugénia,
Espero que esteja melhor da sua hérnia na coluna, e que não volte a passar por uma dessas. Nem dessas nem doutra qualquer, não é verdade?
Mas que bem disse em verso, a mais pura das verdades. As preocupações da vida laboral, infelizmente, nem sempre ficam no trabalho e levamo-las connosco para casa. E depois quem paga, é quem de nada tem culpa.
Esquecemo-nos que a vida não é só trabalho, e que o principal é mesmo quem amamos…
Desejo-lhe uma vida calma, vivida em plena harmonia familiar.
Uma Santa e Feliz Páscoa!
Beijinhos.

Eugénia Cruz disse...

Olá Guidinha e Cristina.
Obrigada e uma Santa Páscoa para vocês.
Cristina, eu estou bem melhor, e realmente espero não passar por outra, não desejo a ninguém. Ainda tenho dores quando estou sentada muitas horas, mas com o tempo tudo passa.
Obrigada pelo seu comentário sobre este meu simples poema, mas que hoje em dia é uma realidade.
Um beijo
Eugénia Santa Cruz

A MINHA ALDEIA

" Da minha aldeia vejo quando da terra se pode ver no Universo....
Por isso a minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...

Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista a chave,
Escondem o horizonte, empurram nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a única riqueza é ver. "
Alberto Caeiro, em "O Guardador de Rebanhos"