
Texto publicado no âmbito da blogagem colectiva, aldeia da minha vida. aldeiadaminhavida.blogspot.com/Visite , participe , com texto ou apenas comentando. desfrute de uma simples, mas esclarecedora leitura.
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Fazer um texto sobre “ A Fruta da Minha Região” não é fácil, pois não é uma região que tenha um tipo de fruta com abundância. Não tem uma princesa, uma rainha ou um rei frutícola.. Assim a minha aldeia ou concelho não é conhecido pela sua fruta, mas claro tem outros encantos.
Encontra-se um pouquinho de quase tudo (fruta da época) mas cada um tem na sua horta umas árvores de fruta.
Assim, dei por mim a pensar “não tenho muito para falar desta vez, mas como o tema é um pouco livre, vou dar asas a minha imaginação. Porque não contar o que nós fazíamos quando jovens para conseguir comer uma maça, pêra, laranja, cerejas, figos e também as castanhas.” Então aqui vai:
No meu tempo de juventude havia muitos jovens na minha aldeia, nem todos tínhamos árvores de fruta e as poucas que haviam tinham dono. Então na época destas frutas íamos aos quintais dos vizinhos e (desviávamos) para a nossa barriga algumas peças, ficando sempre um a espreitar se o dono vinha enquanto os outros comiam. Nem sempre a coisa corria bem…
Encontra-se um pouquinho de quase tudo (fruta da época) mas cada um tem na sua horta umas árvores de fruta.
Assim, dei por mim a pensar “não tenho muito para falar desta vez, mas como o tema é um pouco livre, vou dar asas a minha imaginação. Porque não contar o que nós fazíamos quando jovens para conseguir comer uma maça, pêra, laranja, cerejas, figos e também as castanhas.” Então aqui vai:
No meu tempo de juventude havia muitos jovens na minha aldeia, nem todos tínhamos árvores de fruta e as poucas que haviam tinham dono. Então na época destas frutas íamos aos quintais dos vizinhos e (desviávamos) para a nossa barriga algumas peças, ficando sempre um a espreitar se o dono vinha enquanto os outros comiam. Nem sempre a coisa corria bem…

Moral da história… um belo castigo dos nossos pais.
O Filipe subiu a cerejeira e caiu dela abaixo, mas junto trouxe um grande ramo carregado de cerejas. Quando chegou ao chão ficou quieto e os outros toca a comer cerejas, só parando quando o Filipe começou a chorar.
Trouxeram-no à minha mãe e disseram que ele tinha caído e ficado a dormir.
Conclusão: tinha desmaiado. Foi ao médico e este disse que ele tinha partido os dois braços, um deles no cotovelo e no pulso. Foi para o hospital onde esteve internado 8 dias. Sobrou para quem ?!? Para mim, que durante dois meses é que lhe fazia tudo.

Mas claro, não havia soito que no tempo do rubusco ( rubusco era o final da colheita) não fosse assaltado por nós. Saíamos de madrugada, atravessávamos o rio ou então uma ponte velha e lá íamos apanhar um saco de castanhas.
Depois de cheio traze-lo as costas era uma tarefa difícil mas se as queríamos comer tínhamos de as carregar (muitas vezes 2 horas às costas.)
Claro que isto acabava por ser uma brincadeira mas também a necessidade era muita. A fome por vezes apertava um bocadito e lá ia a fruta daqueles a quem não fazia falta.
Hoje há fruta que chegue e ainda se estraga. Os soitos ficam cheios de castanhas mas mesmo assim ainda se aproveita alguma para fazer doces de cereja, pêssego, maçã, uvas e licores da mesma fruta para consumo próprio.
As castanhas servem também para depois de secas e piladas fazer sopa de castanha, rechear a carne, ou fazer doce. Nesta zona existem várias receitas de castanha (algumas delas podem ser consultadas no meu blog em “receitas”.)
Aqui fica mais uma história passada na minha aldeia e nas aldeias vizinhas.
4 comentários:
Quantas aventuras viveu em sua infância...
Mas, permita minha curiosidade: por que não tinham frutas em sua casa ?
A terra não era boa ?
Eu sei porque não as tenho em quantidade aqui no meu quintal: a terra é muito pobre, arenosa, e as formigas atacam as plantações. Ainda assim alguma coisa consigo colher, como Amoras, Pitangas e Limões.
Gostei de ler suas lembranças.
Beijo
Parabéns,Geny. Adorei. Viu como ficou altamente o seu texto. Essas histórias de vida emocionam e fazem rir. Os meus pais também partilham aventuras dessas:por exemplo, minha mãe subiu a uma cerejeira e deu cabo do nariz ou os irmãos e ela fugiram dum vizinho refilão por irem aos abrunhos...ihihih...
Ficou fantástico o seu texto, como sempre.
Jocas gordas
Lena
QUANTA DELICIA ENCONTRAMOS POR AQUI. BELAS FRUTAS.
VOU TE ESPERAR NA INTERAÇÃO PARA PARTICIPAR.
http://sandrarandrade7.blogspot.com/
TAMBÉM ESTOU PARTICIPANDO NA ALDEIA.
VENHA COMENTE E PARTICIPE.
CARINHOSAMENTE,
SANDRA
Eugénia: Fico muito satisfeita por saber que a aldeia está a proporcionar bons momentos de nostalgia daquele tempo que já não volta.
Amiga não tive a coragem de cortar o texto, apenas dividi-o...com tantas boas memórias para contar todos tinham que saber tudinho ao pormenor.Por isso amanhã sai a segunda parte lá na aldeia.
Bjs
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