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segunda-feira, 28 de junho de 2010

"SER BOMBEIRO"


Ontem dia 27 de Junho os Bombeiros Voluntários de Sintra festejaram mais um aniversário, 120 anos ao serviço de todos nós.
Nada mais justo que existir um dia especial para comemorar o trabalho importante desses homens e mulheres que tantas vidas salvam e estão sempre prontos para apagar pequenos e grandes incêndios.
Alem de outros momentos importantes ao longo deste dia, não posso deixar de falar no desfile destes grandes e pequenos homens e mulheres que desfilaram desde os Bombeiros de S. Pedro de Sintra até ao seu quartel em Sintra.
Senti um orgulho enorme ao ver aquele desfile e saber que ali se encontrava a minha filha, confesso que ainda não estou totalmente habituada a ideia de ela ser bombeira, mais por medo, pois tenho muito orgulho na minha filha.
Alguém disse um dia: “ Bombeiro a mais exacta tradução de ser "humano". E a minha filha é um grande ser humano.

A Bombeira da frente (minha filha Rita)

Filha a maneira que encontrei de te homenagear por seres Bombeira e teres terminado a tua escola de Bombeira de 3ª., a qual vais passar a integrar a partir de Setembro, (pois só em Agosto fazes 18 anos e só depois podes passar a Bombeira de 3ª) e deixar-te aqui um simples poema feito por mim.

És bombeira por vocação
Levantaste cedo sem reclamar
Vou te levar ao Quartel
Para vidas ajudares a salvar

Quando um dia me disseste
Mãe para Bombeira Voluntaria quero ir
Eu estremeci por dentro
Pois sabia o que estava para vir

Ao lado da minha mãe sofri
Ao ver o seu sofrimento
Meus irmãos eram Bombeiros
E eu não queria passar por igual momento

Também Ajudei a apagar fogos
Que devoraram as nossas serras
Noites e dias sem descansar
Sei do perigo que corres

Tu disseste, mãe tenho de ir
O meu coração pulsa no meu peito
Prometo-te ter muito cuidado
E voltar sempre para o teu leito

Sei que muitas vezes sem comer
Corres pró hospital
Levando pessoas doentes
Para as poderem salvar

Chegas a casa, cansada mas feliz
Uma felicidade contagiante
Quando começas a contar
O teu dia desgastante

Demorei a aceitar
Essa tua decisão
Ainda hoje me dói
Quando sais em missão

Não penses que não tenho orgulho
Mas o coração de mãe fala mais alto
Quando sais para uma missão
O meu coração fica logo em sobressalto

Sinto orgulho em ser Mãe
Desta filha que Deus me deu
Põe a vida dos outros em primeiro
Pensando também nos seus

Nossa Senhora Olha pelos Bombeiros
Nas horas de maior aflição
Que nada mal lhe aconteça
Protege-os com o teu doce coração

4 comentários:

AdrianoRFilipe disse...

Parabéns para a mãe e para a filha,pelos versos que são lindos,e pela escolha tão nobre em ser Soldado da Paz,as maiores felicidades.

Susana Falhas disse...

Olá Eugénia!

Que bela dedicatória aos bombeiros e ainda por cima em verso!
Deve ser duro para uma mãe saber que uma filha , embora corajosa, corra tantos riscos e perigos...


Não me esqueci do teu pedido sobre o teu blogue. Quando quiseres envia os dados que trato da "cara nova".

Olha a Lenita está um pouco adoentada. Possivelmente não vamos encontrá-la por aqui nos próximos tempos...espero que melhore rapidamente!

Bjs para ti e para a tua fantástica família!

Helena Teixeira disse...

Olá Geny!
Queria dar os parabéns a Rita e a todos os bombeiros e todas as bombeiras, voluntários e municipais do nosso País que fazem um trabalho louvável, arriscam a própria vida e salvam tantas.
A Rita tem uns pais fantásticos,uma mana espectacular e uma mãe fenomenal.Daí,terá sempre protecção e amor com ela e tudo correrá bem na vida dela,seja o que for que ela siga e faça na vida para o bem dela e dos outros :)

Jocas gordas

P.S.:Obrigada pela vossa amizade.Obrigada também Susana pelas suas palavras.Dentro de um mês,espero ficar bem melhor.
Geny,qualquer coisa, estou aqui :)

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

A MINHA ALDEIA

" Da minha aldeia vejo quando da terra se pode ver no Universo....
Por isso a minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...

Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista a chave,
Escondem o horizonte, empurram nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a única riqueza é ver. "
Alberto Caeiro, em "O Guardador de Rebanhos"